segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Queen

Queen.
Rainha. No paralelo Boneca. Mas nada como a expressão em italiano: Prima Donna.
Falando em rainha você joga xadrez? Não importa, todos os dias jogamos o jogo da manipulação humana, manipulamos e somos manipulados.
Diz o filósofo que em três situações o ser humano revela o seu verdadeiro caráter: “quando chega ao poder, quando tem muito dinheiro na mão e em momentos de ira.”
Este jogo tem vários nomes, no momento o mais pertinente, politicagem. Muitos quando chegam ao topo, são afetados, não só na politicagem, mas o profissional, o empresário e tantos outros. O norte americano disse que é afrodisíaco, pois é o poder o jogo de manipular pessoas.
Como as vagas são poucas, nós a maioria somos os coadjuvantes, como no jogo de xadrez somos peões e até cavalo, pelo dito popular: “enquanto existir cavalo São Jorge não anda a pé”.
O bom estrategista usa alguns coadjuvantes especiais: tem várias serpentes, os seus falcões, o seu pássaro pescador e até a sua baleia para os serviços mais melindrosos. Ou como diria o personagem do filme: O Poderoso Chefão, quem trás o recado é sempre o traidor. Mas Deus te livre de ser o rêmora.
Falando em Deus, os que ficam afetados adquirem o Complexo de Deus. Na antiguidade alguns foram mais longe se intitularam Deus. Mas como tudo é um ciclo, hoje o mundo está cheio de deuses em pele de cordeiro.
Nós a maioria fingimos que não sabemos, ou realmente não sabemos, que quando estamos só cara a cara com a urna eleitoral, é o minuto em que realmente somos: Deus.

Martorano Bathke
e-mail: ronald@ps5.com.br
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terça-feira, 24 de junho de 2008

Wakantanka

Wakantanka.
“Oh, Wakantanka, Grande Espírito do sol,... fonte de toda a vida, criado em violência, prazer e dor,... e que tira a vida para manter a vida. Continuando o ciclo eterno de vida e morte,... sou humilde e obediente diante de Ti. Faça valer à pena!”
Esta era a maneira dos Sioux invocarem a Deus guando faziam o juramento ao sol, e eram os senhores das pradarias da América do Norte. Até os anos 1800s quando os americanos do norte o os proibiram de tal rito, isto é, depois de o os exterminarem nas lâminas e pontas de seus sabres.
Engraçado como conhecemos a história da América do Norte, até os detalhes dos índios. Não é para menos eles nos vem doutrinando a anos através dos seus enlatados.
No Brasil pouco se sabe de história e história dos índios brasileiros. Quando criança aprendi na escola que os índios brasileiros viviam nus, habitavam em ocas e se alimentavam do que os rios e as florestas lhe forneciam. Não sei o que ensinam hoje para as crianças nas escolas brasileiras sobre índios.
Eu e muitos da minha geração meio que levamos um choque na nossa falsa inocência, quando apareceu na televisão um cacique índio de carro importado, cheio de jóias e estuprador. Como em todos os lugares existem as anomalias, no meio dos índios, não poderia ser diferente.
Hoje no Brasil os índios dorminhocos estão sendo acordados. Dorminhocos? Você conhece a técnica dos norte americanos, de criar um deles no meio dos outros, até chegar a hora certa. Só que aqui na Amazônia eles fizeram diferente, levaram alguns índios para serem criados lá, e a muito já foram devolvidos. E agora eles estão tomando a Amazônia. Quem? Os índios? Não, os norte americanos.
Brasileiro eu te conheço, e sei que você está aqui. Você já lutou contra o nazismo na Itália, você já foi chamado de estudante, comunista, quinta coluna e até de cara pintada. Então brasileiros vamos defender a Amazônia. Vamos fazer como os Sioux.
Vamos fazer valer à pena!
Martorano Bathke
ronald@ps5.com.br
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quinta-feira, 5 de junho de 2008

SER

SER

É ilusão
A que escolheres
A que tua mente projetar
Magro
Gordo
Feio
Bonito
Pobre
Rico

Da mente projetada
É matéria
Ilusória
Etérea
Efêmera

Doente
Soberba
Humilde

É casulo
Guardando a larva
És recipiente
Segurando a essência
É templo
Cheio de Divindade
É oráculo
Por ser Verbo
És Divino
Por seres filho de Deus

Luz do Sol
Penetra em Pântanos
Porões pútridos
Ilumina
Desinfeta
E nem um só
Lúmen teu
Se contamina

E tu, Ser.
És maior,
Pois guarda e és
Luz Divina।

Martorano Bathke
ronald@ps5.com.br
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PREDADOR

PREDADOR

No etéreo som
Flutuo
Nos raios intermitentes
Da negra luz
Penso equilibrar

Dois fachos
Me prendem
Estarrecido
Estático
No sangue
Hormônios
Circulam

Teus olhos
Me fazem
Navegante
Na bruma
Da balada

Sussurro
Em teu
Ouvido
O que penso
Que ouve

Meu corpo
É teu corpo
Na despedida
Me beija

Na neblina
Sumindo
Nos Pensamentos
Penso
Ser eu
O caçador.

Martorano Bathke
ronald@ps5.com.br
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पोर Quê?

Por quê?

Por que me fascinas tanto ó Luz?
Ao amanhecer rasgando a aurora? Não sei, eu acordo tarde. Ao anoitecer se escondendo na escuridão? Sinto-me como o espião que espia pelo buraco da fechadura e a Luz esta apagada.
Quando mergulho em águas cristalinas e te olho de baixo e te vejo marulhada? Se te olho de cima a refletir nestas águas, só Tyndall, explica. Para ver as confusões que fazes no interior das estrelas tenho que ter o longo olho de Galileu.
Por que se sabe tão pouco sobre o Rei Salomão? Uns dizem que Deus te concedeu o dom da sabedoria e do conhecimento. Outros te chamam de extraterrestre. Os que tentaram subir no teu trono os teus leões e águias, feitos de uma liga de metais ou minerais que os alquimistas perderam a fórmula, trituraram a perna do Rei Manco. Mas só a Rainha de Sabá, sabe, ela é quem te viu sem roupa.
Por que tantos ficam querendo explicar como os egípcios ergueram blocos tão pesados tão altos? E poucos dizem que foram moldados in locu, com areia calcário e mais uma pitada do outro alquimista que o Faraó jogou dentro do caldeirão da feiticeira.
Se Freud explicou eu não consegui entender.
Por que você paga o médico para introduzir aparatos mecânicos e escancarar a tua vagina, ou introduzir o dedo no teu anus, e na saída alguns sai rindo e lhe puxando no saco. Conta os teus segredos para o padre. Teme o homem da capa preta. A versão da Santíssima Trindade terrena. Nuno Cobra falou do tripé da castração humana. Mas este é outro.
Muitos pagam o Fisco, eternamente desde que o mundo é mundo, para poucos se esbaldarem na “Festa das Mil e Uma Noites”. Deve ser porque eu e vocês meus amigos que somos maioria, de nós ó Luz tu te escondes, sem você não temos conhecimento, dinheiro e poder. Mas se conforme pirilampo não tem caviar para todos, o que tínhamos de graça e em abundância a água, defecamos nela. A Rainha é uma só e para poderes fornicar com ela, tens que ser tratado com geléia real.
Ó Luz estas aqui e não te vejo, é porque estás dentro e eu olho para fora? Ou é porque só a matemática consegue condicionar um evento a outro? Pois na vida real, quando condiciono um evento ao outro inibo os dois!

Martorano Bathke
ronald@ps5.com.br
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पाउलो बथ्के Filho

PAULO BATHKE FILHO

Todo homem nasce, mas nem todo homem vive, todo homem morre, mas nem todo homem chega a ser um homem de conhecimento. Segundo Carlos Castaneda para ser um homem de conhecimento primeiro é necessário vencer seus quatro inimigos naturais: o medo, a clareza, o poder e a velhice.
As lágrimas jorraram aos borbotões, até a clareza chegar estava sendo egoísta, chorando o tanto que perdi e como todos nós condicionados três vezes pelo nosso sistema evolutivo educacional e emocional, a sempre neste segundo do crepúsculo em que se forma o portal estreito da passagem do material para o espiritual, olharmos com negativismo.
Pararam, pois sempre tive e sempre terei pai, fisicamente até os oitenta e sete anos e espiritualmente para sempre.
Fez tudo que quis tudo que pode e mais um pouco, recebeu em vida todos os sacramentos de sua religião, venceu seus quatro inimigos naturais e ao passar pelo portal foi tranqüilo, pois tinha a chave na mão.
Professor, Diretor e Inspetor Escolar percorreu este município quando ainda nenhum de seus distritos se emancipou, a pé e em lombo de mulas e cavalos, para organizar o sistema educativo tanto municipal quanto estadual. E como educador não poderia deixar por menos proporcionou a todos os seus filhos esmerada educação literária científica e religiosa.
Queria ser médico, mas quando chegou à hora de ir para a faculdade, seu pai tinha vendido toda a sua fortuna, que não era pequena, para pagar as obras concluídas do Grupo Escolar Professor Manoel Cruz, an passan, na década de trinta todas as salas com lareira, as estradas entre São Joaquim e o rio Lavatudo e entre São Joaquim e Vacas Gordas, na época negada pelo então governador Nereu Ramos. O que me deixa muito contente, pois se a história tivesse sido diferente nem eu nem meus irmãos existiríamos.
Não estou te escrevendo para o além, nem me despedindo nem te dando um abraço tardio. Pois já fiz tudo isso cara a cara, olhos nos olhos, pele a pele e corpo a corpo.
Os ponteiros serrilhados do relógio continuam, numa sub-rotina eterna como um vírus de computador a percorrerem o espaço, mas nunca conseguirão marcar ou medir o tempo...

Ronald Martorano Bathke.

मारिया Eliza

MARIA ELIZA MARTORANO बथ्के

Você é a única que tem em teu nome, duas vezes, o nome da tua mãe.
E como mãe, quando a tua filha Ângela, ficou classificada entre os cinco bebês mais bonitos do Brasil através de fotos, promoção na época realizada pela revista Pais e Filhos, você me pediu para escrever alguma coisa no se álbum de fotos.
E o que escrevi para ela, reescreve para você.
A Paralaxe, não o conceito universal de Paralaxe na área da Física, mas sim a Paralaxe racional e emocional de Julio Verne:

A PÉROLA
Para o naturalista é à parte nacarada do molusco.
Para o químico uma composição de Carbonato de Cálcio e Fósforo.
Para o poeta uma gota cristalina de vida.

Sempre que lembrar de você vou me sentir como o poeta.

Ronald Martorano Bathke.

ओ पोदर दो Diabo

O PODER DO DIABO

Conta à lenda que Deus chamou o Diabo para tirar os deus poderes. O Diabo disse que concordaria se Deus lhe deixasse apenas um. –E com qual poder queres ficar? –Com o poder de continuar tirando o entusiasmo do Ser Humano!
Numa noite na cidade de Urupema, eu e o professor Henrique ele tomando em conhaque eu uma cerveja. Não numa conversa de bêbado falando de politicagem, futebol ou mulher e nem discutindo o sexo dos anjos. Mas sim numa divagação filosófica, chegamos na palavra: entusiasmo. E ele me explicou o verdadeiro significado desta palavra, que a muita eu procurava, e não tem na maioria dos dicionários.
Chegou para mim como um “Serendipty” palavra inglesa que também não tem na maioria dos dicionários, e significa encontrar algo que a muito se busca, quando se esta procurando outro.
Do grego: Em-Teo-Mos: Dentro do Sangue de Deus.
Que arrebatamento, que esplendor, que sentimento ardente o significado desta palavra, chega a arrepiar o corpo e a envolver a alma.
Portanto para todos vocês, não só no Natal, mas todos os dias, desejo muito ENTUSIASMO.
Mas cuidado cultive-o e use-o para o bem, pois o Diabo pode te tirar.

Martorano Bathke
ronald@ps5.com.br
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Carta

Monsenhor Blévio Oselame.
Casa Paroquial.
NESTA।

Desde que o Jornal Travessia criou o Concurso Cultural, do qual participei। Com a escrita de cartas em homenagem póstuma a ícones da cidade de São Joaquim.
Estou com esta carta em minha mente, pois desde então queria homenagear-lhe, como um ícone da cidade de São Joaquim em vida.
Neste ano de Nosso Senhor de 2004, no vosso Jubileu de Ouro Sacerdotal, quando a Secretaria de Estado do Vaticano lhe outorga o Título de Monsenhor, e as homenagens fazem fila em sua direção, esta mesmo singela torna-se imperativa, pois corre o risco de ficar esquecida em um das gavetas do meu cérebro.
Como diz o ditado: “Não há juiz mais severo nem mais justo que o tempo”.
Foste e és, um ícone vivo, da história deste município.
Foste contraditório, polêmico, criticado nem uma nem duas vezes, agora quando paramos o tempo numa infinitesimal fração de segundo para homenagearmos o pároco, o padre, o vigário, o homem e o ser humano vem o tempo e nos mostra as pérolas da sua eloqüência, do seu conhecimento, do seu trabalho, da sua amizade, da sua contribuição e da sua FÉ.
Conta à lenda que Dienógenes saia todas as noites com uma lanterna na mão pelas ruas de Atenas, a procura de um homem cem por cento certo, a lenda não nos diz se era para ver se existia, para quebrar-lhe a lanterna na cabeça ou ambas as duas.
Permita-me imitar-lhe, pois lhe considero o Mestre das Analogias e Metáforas.
Ao contrário de Dienógenes, nestes cinqüenta anos tens andado dia e noite, não com uma simples lanterna, mas com a Luz Divina a orientar e a iluminar os nossos caminhos não só os em direção a Deus, mas também os terrenos, pois nunca negaste um conselho nem uma palavra amiga a quem quer que lhe procure.
Continuando a lhe parodiar, na Roma antiga quando os Generais e o César desfilavam em cortejo nas suas carruagens sempre havia um escravo a lhes lembrarem que toda glória era transitória.
Mas cá estou eu, um simples paroquiano seu, a lhe lembrar que a sua glória não é transitória, mesmo o povo lhe chamando de Padre Brévio, pois ela não é só deste mundo ela é a Glória da Fé, portanto Eterna.

Ronald मर्तोरानो Bathke.
São Joaquim, 22 de dezembro de 2004.

मिन्ह Mãe

Minha Mãe.

É fenomenal, pois é incondicional. Conduz-me pelos caminhos que não quero caminhar e me diz às palavras que não quero ouvir. Mas me reconhece quando preciso ser reconhecido e ninguém mais me olha com reconhecimento. Faz me sentir melhor em todos os aspectos como ser humano.
Quando me dá a mão tenho forças para subir os rios, atravessar as florestas, descer as montanhas, cruzar os sete mares e os cinco continentes. Abraça-me e leva-me a viajar pelo espaço mesmo que tenha que desviar de estrelas e comigo até o céu chega. Com toda a dedicação, esforço, trabalho, renuncia e total ausência de medo, és incondicional.
Todos os sentimentos mais nobres reunidos, que toda a tua maternidade pode reunir de uma só vez, são meus, de graça, e incondicionalmente meus. Pois o teu maior prazer, o teu maior deleite, o maior céu é ver nos lábios dos teus filhos, aquele que começa pequeno e singelo a tocar o coração e em milésimos de segundos vira turbilhão arrepiando toda a pele e desabrocha como flor.
Que seja eterno e incondicional, não o meu sorriso, mas o sorriso que me colocastes nos lábios, obrigado Minha Mãe.
Martorano Bathke
e-mail: ronald@ps5.com.br
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Homenagem

Homenagem à Mulher.

De todos nos humanos
Com privilégios únicos
E inalienáveis.
É tu Mulher
Com olhos lindos
E cheios de luz,
De curvas sensuais
Lábios carnudos
Seios aureolados.
A primeira a iluminar
Meus olhos.

Mas a que hoje não me cala
És tu a derramar “a queda d’água
Mais pesada, a mais forte e
Cheia de sentimentos,
“Que a lágrima de uma Mulher”.

A me deixar sem palavras
Mudo e estarrecido
É tu Mulher
“Drogada e prostituída.”

Neste momento
Arrepia minha pele
Faz tremer meu corpo
Faz tremer, minha alma.
É tu Mulher
Agredida
Surrada
Discriminada.

Venho aqui hoje
Pedires-te
E se puderes
Perdoa-me.

Por ter que existir um dia
Dedicado a você
E só hoje se lembre de ti
Só hoje te ofereço
O meu amor tardio
O abraço esquecido
O beijo de Judas

Possa eu me redimir
E todos os dias
Não te bata
Acaricie-te
“Não te encha de esperma”
Mas te ame
Não te discrimine
Homenageie-te.

Martorano Bathke
ronald@ps5.com.br
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Desvio

Desvio Intencional de Conduta


Prezado leitor perdoe a repetição, mas a metáfora de Dienógenes é imperativa. Conta à lenda que “Dienógenes, toda noite saia pelas ruas de Atenas com uma lanterna na mão, a procura de um homem cem por cento honesto.” A lenda deixa a interpretação por nossa conta.
Como toda história tem três versões: a minha, a tua e a verdadeira.
Também eu ficarei com as três: Para ver se existia algum, para quebrar-lhe a lanterna na cabeça, e com o sofisma, a união de ambas as duas primeiras.
Diversos autores tentaram definir o homem, a definição que mais me chamou a atenção foi a de Karl May. Em seu personagem Winnetou, cacique dos apaches mescarelos.
A que: o homem branco não é um ser humano, mata por prazer destrói tudo, enfim o câncer da terra, e por fazer isso não estava integrado com a natureza.
Talvez quando a última árvore secar e não der mais frutos e o último rio a ser envenenado, o homem se lembre que o dinheiro não lhe poderá matar a fome e a sede.
Ha, as naturezas multicoloridas, miscigenadas, férteis, procurando sempre a evolução e a mistura implacável de tudo querendo chegar a um denominador comum. Ha, a natureza o primeiro grande mestre que Deus deu para o ser humano. E nós ainda por cima de tudo somos mamíferos.
Uns vão para o morro outros para o aeroporto e atualmente até no centro dentro do carro conforme a hora.
Se a natureza ingênua como uma criança tem seus desvios intencionais de conduta, imaginemos nós, seres humanos. Só com uma diferença nós e algumas espécies de macacos nossos parentes mais próximos nessa cadeia evolutiva, nos escondemos para tê-los.
Qual será a nossa desculpa, o peso do “eterno retorno”. Ou a “insustentável leveza do ser” e assim fortuitamente e esporadicamente, não estou falando aqui do DIC doença, nos tornamos um personagem do autor Alain Kundera, em seu livro: A Insustentável Leveza do Ser.
Didi foi o craque da folha seca, Vavá agora quer ser reconvocado, inventou a folha verde.
Ha, irmão, se tiveres a hombridade de ter um DIC, publicamente, jamais serás meu irmão. Mas se tiveres a hipocrisia de tê-lo escondido será meu irmão, e não te negaremos como Pedro até a terceira hora, pelo contrário de defenderemos até a décima primeira.
Qualquer semelhança deste texto com fatos reais é mera coincidência, é assim que se tapa o sol com a peneira, ou escrevendo utopicamente é a realidade?


Martorano Bathke
ronald@ps5.com.br
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कोम्प्लेक्सो दे Deus

Complexo de Deus.

Líder: “Aquele que não ocupa espaços, mas cria e abre espaços para os outros”.
Agi pelo medo e fui eficiente para aquele que tinha o poder de induzir o medo.
Agi sem medo e fui eficiente para a insensatez, arrogância, fui socialista, fui capitalista e até tenho complexo de Deus.
Uma das leis do universo, descoberta por Sir Issac Newton, que a toda ação corresponde a uma reação igual e contraria deixando-o em equilíbrio, não se aplica a nós mortais.
Pois nós seres humanos somos células oxidadas, com um elétron ou próton a mais ou a menos, instáveis, soltos, errante numa busca insana.
Linus Pauling não ganhou um prêmio Nobel, em vão, nos ensinando a equilibrar uma célula oxidada. As células estão a salvo, por alguns dias, alguns meses e até por alguns anos, se você tomar o antioxidante celular.
E nós passageiros do infinito e complexo universo emocional? Existe até um livro com o título “Inteligência Emocional”.
Muitos filósofos afirmam que a única coisa que precisamos vencer em todo o universo é a si próprio.
Quando iremos encontrar o antioxidante do conflito existencial? Talvez esteja com Deus.
Pobres de nós, têm a obsessão de achar que matéria e espírito são coisas separadas, e que o universo é exterior e gira ao nosso redor.
Não estou aqui como dono de nenhuma verdade, nenhuma moral, nem pregando, nem doutrinando não sou filósofo e não tenho complexo de Deus. Estou aqui tentando ser um aprendiz de escritor. A interpretação é tua e se de alguma forma o que escrevo te tocar, te identificar em idéias ou mexer com o teu cérebro, terei tido algum êxito.

Martorano Bathke
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Carta

São Joaquim, 23 de dezembro de 2005.


Cara Ângela.


Eu sou fruto de uma geração criada a ferro e fogo.
Onde à vontade do chefe de família, no caso meu pai, certa ou errada era incontestável e eu sempre respeitei meu pai.
Bem ou mal, eu fiz o que meu pai e minha mãe queriam, ter um curso universitário.
E para isto tive que desistir de muitas coisas, como ter uma esposa conviver com meus filhos ter uma família. Passei fome física moral e espiritual, morei em porões reais e imaginários, tinha e tenho como todos nós conflitos do corpo e da alma. E ainda posso me surpreender com aqueles que não precisam morar em porões e nem mesmo passar fome, nem isto consigam.
Meus irmãos e eu nunca fomos uma família e talvez jamais seremos. Mas somos uma colméia. E você o André e todos os outros fazem parte dela.
Natal dia 25 para mim sempre foi uma farsa.
Natal para mim é os poucos dias em que abracei meu pai, minha mãe, meus irmãos, meus filhos, meus sobrinhos, meus amigos, nem posso dizer os meus amores pois quem tem vários não tem nenhum.
Neste tipo de família alguns só se tornam um indivíduo quando o pai morre.
Para mim não existe briga, por bens materiais, a minha briga é por eu mesmo, ser um indivíduo. Estou apenas me defendendo daqueles que direta ou indiretamente querem impor a sua vontade se intitularem chefes ou líderes. E felizmente “líder é quem abre o espaço para os outros e não, ocupar o espaço do outros.”
É bom ser cutucado, ouvir desabafos e também desabafar, assim nos conhecemos melhor e também aos outros.

Que o teu Natal, o meu e de todos nós, sejam todos os dias de nossas vidas.

Um Abraço.

Ronald.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

CARNAVAL

SOU CARNAVALESCO, SOU BRASILEIRO.
Velas ao vento, Caravelas singram, a água quase chega ao convés, pesadas, a carga é Real, é preciosa: Água de Fogo, Latinhas com Vidrante e Fitinhas com Barbante.
Jogo marcado e ingresso vendido: através da pesada gota de suor que te escorre pelo rosto, do vil metal, da abundante flora e fauna e de infindáveis mananciais de água e preciosidades. Foi tu Manoel: o tributário de plantão? A troca foi feita.
E para comemorar, nos enfeitamos de Latinhas com Vidrante e Fitinhas com Barbante e principalmente com a água de fogo, é claro sem esta não teríamos coragem, dançamos três dias e três noites. Teria nascido o belo Carnaval Brasileiro?
Séculos se passaram, não importa qual o nome do Tributário de Plantão, só são conhecidos por siglas: II, IE, IR, IP, IOF, ITR, IGF, ICMS, IPVA, ITCMD, AIRE, IPTU, ITBI, IVVC, ISSQN, TLL, INSS, FGTS, PIS/PASEP, COFINS, CSLL, CPMF, FMI, Loterias, Leão, Banqueiros... Cansei. E agora é repetido até chamados de efeito cascata, Carnaval de recolhimentos que não rodam mais, só milhão de palhaços continuam a rodar nesta terra de Vera Cruz.
Deve ser por isso que a comemoração não termina mais, todo mês tem carnaval, nesta terra de Santa Cruz.
Enquanto isso, os americanos do norte continuam a publicar nos seus livros de geografia que a Amazônia é deles, só que agora passaram da teoria para a prática: “Num trecho de 200 km da rodovia Boa Vista Manaus em Roraima, nação indígena, brasileiros só podem passar das 6:00 às 18:00 hs. Fora deste horário existe toque de recolher imposto pelos índios, que só falam a sua língua e o inglês, e os americanos para que não sejam incomodados. Então são hasteadas as bandeiras: americanas, inglesas e japonesas. Por coincidência existem grandes reservas de Ouro e Nióbio e todas as plantas medicinais tem patente de sua propriedade. Ainda por coincidência ali perto na Colômbia os americanos estão construindo uma grande base militar. Dizem que é para combater o narcotráfico?” Fonte: Mara Silvia Alexandre Costa Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP – USP: Funcionária Pública na Cidade de Boa Vista.
E o que é pior ninguém sabe de nada, ninguém vê nada!
Quando meu porre e do Cacique dessa grande nação indígena acabar, e a ressaca espremer a cabeça, talvez lembre que não sou Carnavalesco aditivado, e sim Brasileiro adjetivado sem nariz de palhaço, com vergonha na cara.

Martorano Bathke
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Mulher

Mulher

Em matemática razão
E indefinida emoção,
De mim Deus te fez.
Antítese de formas
E Sentimentos.
Sinuoso seio
Bico que me beija,
Lânguido
Côncavo
Convexo.


Em cinco continentes,
Foi e és,
Surrada
Humilhada
Estuprada.
Mesmo assim
Sobram-te
Ternura e
Amor.
Meiga e eterna guerreira.


Paixão transformada
Em incoerente forma,
Na dor sentida
Pelo coração definida.
Roladas lagrimas
Em cônico ramalhete
Desabrocha.


De perfume único
Dilatam-me as narinas
Contrai minhas pupilas
Entorpece meu cérebro.
Em Quixandá
Se eu fosse
Amigo do rei
Serias minha concubina.
Como sou
Simples mortal
És meu amor.


Martorano Bathke
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

दोईस Segundos

DOIS SEGUNDOS

No primeiro, eterno segundo, acendo a luz e vôo.
Rodopio como um desvairado dervixe, em coreografias cintilantes clareando o etéreo ar noturno, lá vou desbravando e desvirginando a amante terra, resplandeço a liquida esmeralda das águas, embrenho-me nas matas arremeto as montanhas.
No segundo, eterno segundo fico cego.
Minha coreografia não passa de um mergulho rodopiaste como nave abatida. Não posso dançar a dança do acasalamento, a única certeza é de que Deus segura a minha mão.
Minha professora Leda Araújo, pelos tempos idos do primeiro grau, certa vez dentro da sala de aula fez uma analogia do que seria o tempo decorrido de um segundo na eternidade: um rochedo cúbico de sete léguas de aresta, um passarinho de sete em sete anos vem limpar o seu bico, quando o rochedo ficar totalmente gasto se terá passado um segundo da eternidade.
As antigas sociedades secretas egípcias já estudavam a dualidade do ser humano e do universo.
Portanto pirilampo não te desespere, pois para existir o côncavo tem que existir o convexo, para o lado de dentro o lado de fora, para a escuridão a luz, para o ódio o amor.
Só não te esqueces de quando estiver na luz continuar segurando a mão de Deus।

Martorano Bathke
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