terça-feira, 24 de dezembro de 2019

OPOSTOS.


OPOSTOS.

Hoje é um grande dia
Para viver.
Com certeza
O Sol não vai nascer
ÊLE já nasceu.
E com um pouco de chuva
Vai chover,
Para que o calor e a umidade
Nos pântanos aumente
E a Lótus desabroche.

Ou no agreste árido de Mandacaru,
O Cardo e o Cacto,
Sem lágrimas
Chorem a mais bela flor.
Estou escrevendo
Redundâncias e incoerências?
Sim estou,
Eu quero.

E na noite que não consegui
Dormir,
Falo pra ti,
Da lua crescente,
Se acaso fostes
Minha amada,
Que fizestes uma cratera
Lunar, só que convexa,
No meu coração.
Ele não aceita concavidades.

Nas exceções da regra,
Não seria acaso,
Seria verdade.
E ele, meu coração,
Abrir-se-ia para ti,
Colocar, do Cardo a flor,
Com espinhos,
Para que continue
Descompassado.

Opostos se atraem,
Não porque a casca,
É diferente.
Mas sim o interior,
Do corpo,
Da mente,
Da alma,
São iguais
Ou se completam.

                                                                                                                    Martorano Bathke.
*Publicação permitida desde que conste o nome e e-mail: martoranobathke@hotmail.com do autor. 25/12/2019.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

PAIXÕES E ILUSÕES.


PAIXÕES E ILUSÕES.


Agora quero inspiração
Da energia do mar
Ou da consolação
Do olhar,
Inocente e sagaz
Não deixa tisnar,
A luz amarela de dois fachos
Em sete no arco íris decompõem.
Agora quero acreditar,
Que acreditando
Lutar o bom combate,
É suficiente para o embate.
Das paixões e ilusões,
Vividas no dia a dia,
Tornem-se realidade.
Mesmo na utopia
De um conto qualquer,
Contado em um causo
Não seja ironia do acaso.

Agora quero ver e sentir, enquanto,
A grama crescer verde,
O vento soprar,
O céu continuar azul.
Beijar e mastigar os sabores
Olhar e ver as cores.
E na paisagem desbotada,
Com um pincel mágico,
Colorir as paixões
E as ilusões.
E torna-las reais
Nos coração
Antes que o cérebro diga não.

Agora quero de verdade saber
Enquanto caminho,
O caminho do fio da navalha,
Quantos cortes podem ter,
Na planta dos pés
Na planta do mezanino,
Céu desta edificação
Ático da suposição.
Não é exata
Sem matemática
Estrada espiral,
Gira-me em torno de um eixo
Centro mutável
Como rolado seixo.
Se soubesse eu a resposta
Mesmo imposta
Por que iria te contar?

Agora e sem adiantar, querer,
Incógnita do saber.
Nesta pena
Que tinta não falte,
Possa continuar pontilhando
O ponto sem referência,
Das paixões
E das ilusões.

                                                                                                                                  Martorano Bathke.
                                                                  
 *Publicação permitida desde que conste o nome e e-mail: martoranobathke@hotmail.com do autor. 05/12/2019.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

2020


2020.

“Não é:
Primo, Fibonacci,
Bel, Catalan,
Fatorial, Regular,
Perfeito “ou Poligonal”.
Tem Binário.
No Tempo
É Bissexto.

Tempo,
Sub-rotina e rotina
Que se repetem e se confundem,
Numa dobra da dobra da imortalidade.
Vai e vem,
Machuca-nos, nos acalenta.
Na dor,
Abre nossas entranhas,
E nos restaura no amor.
Melhor escrever sobre o último.

“Pobre é o amor que pode ser medido”.
Comprado
Ou vendido.
Sexo, segundo os psicólogos,
Pode se manifestar em vários órgãos,
Inclusive no cérebro.

Amor:
De mãe incondicional,
De Deus imensurável.
De graça recebemos, e de graça a graça,
Merece ser reconduzida para o outrem,
Compartilhada.

Camões,
Ou Gil Vicente?
Monet,
Ou Bob Ross?
Shakespeare,
Ou plano dos espíritos,
Iluminados?

Natal,
E Ano Novo
Aproximam-se.

Material,
Ou Espiritual?

                                                                                                                           Martorano Bathke.
*Publicação permitida desde que conste o nome e e-mail: martoranobathke@hotmail.com do autor. 05/12/2019.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

SINFONIA EM SOL MAIOR.


Sinfonia Em Sol Maior.

É preciso
Olhar
Ouvir
Tocar
Cheirar
Para sentir como um animal no cio.

Zangão desvairado
Rasga o ar e risca o céu
Para copular com a rainha.
De DNA modificado não morre depois,
Fica repetindo o ritual.

No último espasmo de vida
Balbuciamos o nome do ente amado.
Quais nomes vão balbuciar?
Se você for à rainha o meu?
Se eu for o zangão o teu?
Volto-me para a natureza.
Flores desabrocham com pétalas multicoloridas,
Nuvens brancas em cúmulos circulam,
Verdes campos em tons claros,
Pinheirais em verde forte,
Rios e riachos em esmeralda líquida,
Mar ora azul, ora verde,
À noite firmamento paralelo,
Pontilhado de amarelo.
É o olhar?

Brisa gelada,
Marulham as ondas,
Gotejam os riachos,
Farfalha as frondes,
Pássaros de galho em galho,
Usam sinfonia do canto,
Do canto do acasalamento.
É o ouvir?

São livres e selvagens
Quase intocáveis,
Possuem odores,
Será o tocar e cheirar?

Natureza que não se despede,
Não possui tédio,
Vem e fica morando
Neste canto do coração,
Que é só teu,
Por doação.

E entre céu e terra,
A natureza explode
As emoções minhas e tuas,
Mas só eu as guardo.
E estas explosões chegam aos meus neurônios,
Que o fazem dançarem, em harmonia, coreografados.
Sinfonia em código Morse,
Chega ao coração descompassado, tum, tum...
No sangue hormônios, pulula o DNA ululante.
A garganta deglutida nos lábios,
O teu beijo guardado, mas não esquecido
No know-how biológico.

E numa manhã brilhante,
De sol maior.
Mesmo em vida
Renasço.

                                                                                                                                    Martorano Bathke.
           *Publicação permitida desde que conste o nome e e-mail: martoranobathke@hotmail.com do autor. 18/11/2019.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

QUEM É VOCÊ NA FILA DO PÃO?


Quem é você na fila do pão?

Em uma estimativa de tempo indefinida, a última flor do Lácio inculta e bela, ganha: não um neologismo. Seria uma gíria? Ou uma expressão de comunicação no paralelo? Todas as filhas do Lácio e as filhas de outros pais têm os seus melindres, não para complicar e sim simplificar o que falamos no paralelo e todos entendemos dependendo da entonação.

E cá com os meus botões, não tenho moral para fazer esta pergunta para os outros, e sim para mim mesmo.

E tentando responder tenho que me policiar para não ser o magico e nem a marionete, dentro desta fila, desta vida, tenho que lembrar o código. Dentro de uma verdade que mesmo sendo paralela, não fique desviando do objetivo. Seria o pão nosso de cada dia?

Se fossemos responder pelos outros, teríamos que pensar dentro dos melindres dos outros. Não precisa ser jogador de xadrez para saber, que nesse jogo ou nessa fila, vai do rei ao peão. Dizem que os ingleses são esnobes, é claro e com certeza, todos inclusive eu dentro de uma dualidade nesta fila já fomos imperialistas. Mas cuidado com a rainha, tanto que eles, os ingleses através da mãe em que se comunicam. Queen é rainha, e Queen é boneca no paralelo dependendo da entonação.

Então pirilampo, seja só pirilampo nesta fila e ilumine seu caminho com a luz que tem. E se sobrar um pouco de luz, compartilhe você não está no prédio do sexo em São Paulo com os seus nove andares, onde passam centenas de mulheres diariamente de todos os níveis, a trinta reais a preço único e fixo. Você está na fila do pão. Não queira ser o sol, não tens cacife não renasceste tanto e se fores por este caminho vai acabar sendo o iluminado, o iluminado, personagem na fila de Stephen King.

Saindo do paralelo e voltando a realidade, sou o que os meus antepassados foram, no mínimo, geneticamente.

Quanto ao caráter é o que estou tentando fazer nesta fila, molda-lo e evoluir. É minha obrigação evoluir. Pois quando a fila chegar ao fim. O livro do código dos espíritos será aberto. O livro do código das filas passadas e futuras. O livro em que será escrito mais um capítulo. Este capítulo é o que fui ou sou nesta fila do pão. E quando a onda do mar quebrar e aquela gota d’água que sobe como um pirilampo de luz diurna, nestes segundos serei um astro, e quanto maior o astro maior o alvo. E nesta fila do pão sou mortal. E quando estiverem percorridas todas as filas necessárias, a imortalidade será plena.

E não haverá mais melindres, e posso dizer.

 Eu sou eu nesta fila do pão.                                                                    Martorano Bathke, Nov 2019.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

AMANTE

AMANTE
Por que, que você não tem um (a) amante?
Você dormiu bem essa noite? Teve insônia? Está sentindo apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores?...
A vida está monótona e sem perspectivas? Você está trabalhando apenas para sobreviver e não sabe o que fazer com seu tempo livre? São os sintomas típicos da "depressão", não é mesmo?
Para esse quadro, um conceituado terapeuta espanhol vem receitando uma coisa simples, mas que, às vezes funciona, e assusta: um (a) amante!
E para quem sai da consulta escandalizado, o terapeuta explica:
"Amante é "aquilo que nos apaixona", é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. A nossa amante é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida. Às vezes, encontramos a nossa amante em nossa (o) parceira (o), outras, em alguém que não é nossa (o) parceira (o), mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-la (o) na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na espiritualidade, na boa mesa, no estudo ou no prazer do passatempo predileto...
Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz namorar a vida e nos afasta do triste destino de "ir levando".
E o que é "ir levando"? É ter medo de viver, é vigiar a forma como os outros vivem, é
tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor
ou com o frio, com o sol ou com a chuva. Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.
Por favor, não se contente com "ir levando"! Procure um (a) amante, seja também um amante e um protagonista ... da sua vida..."
Acredite: o trágico não é morrer, mas desistir de viver. Por isso, sem mais delongas,
procure um (a) amante! Para estar satisfeito (a), ativo (a), jovem e feliz, é preciso namorar a vida!

Site: e-otimismo: Anônimo.
Adaptação:
Martorano Bathke

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