sexta-feira, 12 de agosto de 2011

SE


Rudyard Kipling

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses, no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Breviário Cívico

BREVIÁRIO CÍVICO
Henrique Coelho Neto
O homem sem iniciativa, que tudo espera do acaso, é como o mendigo, que vive de esmolas.
A mais bela coragem é a confiança que devemos ter na capacidade do nosso esforço. O que sobe por favor deixa sempre rastro de humilhação.
O caminho está aberto a todos, e se uns vencem e alcançam o que almejam, não é porque sejam predestinados, senão porque forçaram os obstáculos com arrojo e tenacidade.
Não há arrimo mais firme do que a vontade. O que se fia em si mesmo é como o que viaja com roteiro e provido de farnel e não perde tempo em informar-se do caminho nem em buscar estalagem para comer.
Só há uma sina a que o homem não pode fugir é o trabalho — ponte lançada sobre o abismo da miséria, no fundo do qual gemem todas as dores, rugem todos os vícios e escabujam em lama todas as vergonhas.
É um passo estreito, por vezes oscilante, mas quem se atira por ele com firmeza de ânimo e olhar alevantado atravessa-o, alcançando, no outro lado, a fortuna.
Quem desanima ou se deixa vencer pelo terror, fica na pobreza ou rola do alto, e, uma vez caído, só com redobrado esforço conseguirá voltar acima, ferindo-se nas arestas dos alcantis, e, às vezes, trazendo manchas de lama, que é o fundo do precipício.
Aquele que confia em si anda sempre de olhos abertos; o que se entrega a outrem vai como cego; e tanto pode ser guiado para o bem como dirigido para o mal.
A fortuna é como o fruto que se não dá senão a quem o vai colher no ramo esperá-lo debaixo da árvore até que se desprenda do galho é dispor-se a comê-lo podre.
O homem que diz “Eu quero!” é como a ave, que se levanta na força das próprias asas, cruzando o espaço como entenda; aquele que diz “Eu espero…” é como a flecha, que só se dirige na direção da pontaria, caindo, inerte, desde que cesse o impulso da corda que a disparou.
Só os fracos, os impotentes quedam na resignação; os enérgicos insurgem-se, lutam, dão combate à vida e vencem.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Poção Mágica

Poção Mágica

Cheirei o Cheiro
Do AR,
No Mar
Dos teus Cabelos
Revoltos.

Queimei a Língua
No Fogo Flamejante,
Do Teu Beijo
Venenoso,
Açucarado
Molhado.

Ouvi o Canto
Do Vento
No Labirinto;
Em Que Teu
Orgasmo
Sussurrou.

Vi a Luz em teus Olhos Iluminados,
E na Escuridão me perdi.
Misturou em Poção,
Com Paixão se Entregou.
Me Apaixonei,
Não por TI
Mulher,
Mas pela Alquimia
Do Teu Corpo.

Martorano Bathke
*publicação permitida desde que conste o e-mail e nome do autor.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Homenagem aos Bathke

Homenagem aos Bathke.

Neste Jardim, flores Multicoloridas
Balançam e fazem História.
A Mão Absoluta Tantas já colheu
E no firmamento,
Em forma de estrela,
Firmou.

A Mesma Mão Continua Semeando.
Da Semente Germinada
O Sorriso da Criança
Mostra a Vontade,
Férrea,
De Ser Eterna.

Do Firmamento, não importa
Ser Dia,
Ser Noite.
A Luz Absoluta
De Volta Te Ilumina.

E Você Bathke, Em Teus Olhos,
Tens,
Todas as Cores do Universo.
E Quando
Recomposta,
Absoluta,
Fica.

Iluminados
Formamos
Firmamento Paralelo.
Nesta Luz Caminhamos,
Ligados no Sangue dos Antepassados,
Do Infinito Firmamento Até
Ao Nosso Lado e Ao Nosso Redor.
Mesmo nas Ondas Eletromagnéticas,
Da Web,
Nos Encontramos.

A Todos Vocês um Grande Beijo
Não o dos Lábios,
Mas o dos Olhos,
Cheios
De
LUZ.

Martorano Bathke.
ronald@ps5.com.br
*publicação permitida desde que conste o nome e e-mail do autor.

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