segunda-feira, 18 de novembro de 2019

SINFONIA EM SOL MAIOR.


Sinfonia Em Sol Maior.

É preciso
Olhar
Ouvir
Tocar
Cheirar
Para sentir como um animal no cio.

Zangão desvairado
Rasga o ar e risca o céu
Para copular com a rainha.
De DNA modificado não morre depois,
Fica repetindo o ritual.

No último espasmo de vida
Balbuciamos o nome do ente amado.
Quais nomes vão balbuciar?
Se você for à rainha o meu?
Se eu for o zangão o teu?
Volto-me para a natureza.
Flores desabrocham com pétalas multicoloridas,
Nuvens brancas em cúmulos circulam,
Verdes campos em tons claros,
Pinheirais em verde forte,
Rios e riachos em esmeralda líquida,
Mar ora azul, ora verde,
À noite firmamento paralelo,
Pontilhado de amarelo.
É o olhar?

Brisa gelada,
Marulham as ondas,
Gotejam os riachos,
Farfalha as frondes,
Pássaros de galho em galho,
Usam sinfonia do canto,
Do canto do acasalamento.
É o ouvir?

São livres e selvagens
Quase intocáveis,
Possuem odores,
Será o tocar e cheirar?

Natureza que não se despede,
Não possui tédio,
Vem e fica morando
Neste canto do coração,
Que é só teu,
Por doação.

E entre céu e terra,
A natureza explode
As emoções minhas e tuas,
Mas só eu as guardo.
E estas explosões chegam aos meus neurônios,
Que o fazem dançarem, em harmonia, coreografados.
Sinfonia em código Morse,
Chega ao coração descompassado, tum, tum...
No sangue hormônios, pulula o DNA ululante.
A garganta deglutida nos lábios,
O teu beijo guardado, mas não esquecido
No know-how biológico.

E numa manhã brilhante,
De sol maior.
Mesmo em vida
Renasço.

                                                                                                                                    Martorano Bathke.
           *Publicação permitida desde que conste o nome e e-mail: martoranobathke@hotmail.com do autor. 18/11/2019.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

QUEM É VOCÊ NA FILA DO PÃO?


Quem é você na fila do pão?

Em uma estimativa de tempo indefinida, a última flor do Lácio inculta e bela, ganha: não um neologismo. Seria uma gíria? Ou uma expressão de comunicação no paralelo? Todas as filhas do Lácio e as filhas de outros pais têm os seus melindres, não para complicar e sim simplificar o que falamos no paralelo e todos entendemos dependendo da entonação.

E cá com os meus botões, não tenho moral para fazer esta pergunta para os outros, e sim para mim mesmo.

E tentando responder tenho que me policiar para não ser o magico e nem a marionete, dentro desta fila, desta vida, tenho que lembrar o código. Dentro de uma verdade que mesmo sendo paralela, não fique desviando do objetivo. Seria o pão nosso de cada dia?

Se fossemos responder pelos outros, teríamos que pensar dentro dos melindres dos outros. Não precisa ser jogador de xadrez para saber, que nesse jogo ou nessa fila, vai do rei ao peão. Dizem que os ingleses são esnobes, é claro e com certeza, todos inclusive eu dentro de uma dualidade nesta fila já fomos imperialistas. Mas cuidado com a rainha, tanto que eles, os ingleses através da mãe em que se comunicam. Queen é rainha, e Queen é boneca no paralelo dependendo da entonação.

Então pirilampo, seja só pirilampo nesta fila e ilumine seu caminho com a luz que tem. E se sobrar um pouco de luz, compartilhe você não está no prédio do sexo em São Paulo com os seus nove andares, onde passam centenas de mulheres diariamente de todos os níveis, a trinta reais a preço único e fixo. Você está na fila do pão. Não queira ser o sol, não tens cacife não renasceste tanto e se fores por este caminho vai acabar sendo o iluminado, o iluminado, personagem na fila de Stephen King.

Saindo do paralelo e voltando a realidade, sou o que os meus antepassados foram, no mínimo, geneticamente.

Quanto ao caráter é o que estou tentando fazer nesta fila, molda-lo e evoluir. É minha obrigação evoluir. Pois quando a fila chegar ao fim. O livro do código dos espíritos será aberto. O livro do código das filas passadas e futuras. O livro em que será escrito mais um capítulo. Este capítulo é o que fui ou sou nesta fila do pão. E quando a onda do mar quebrar e aquela gota d’água que sobe como um pirilampo de luz diurna, nestes segundos serei um astro, e quanto maior o astro maior o alvo. E nesta fila do pão sou mortal. E quando estiverem percorridas todas as filas necessárias, a imortalidade será plena.

E não haverá mais melindres, e posso dizer.

 Eu sou eu nesta fila do pão.                                                                    Martorano Bathke, Nov 2019.

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