quinta-feira, 5 de junho de 2008

पाउलो बथ्के Filho

PAULO BATHKE FILHO

Todo homem nasce, mas nem todo homem vive, todo homem morre, mas nem todo homem chega a ser um homem de conhecimento. Segundo Carlos Castaneda para ser um homem de conhecimento primeiro é necessário vencer seus quatro inimigos naturais: o medo, a clareza, o poder e a velhice.
As lágrimas jorraram aos borbotões, até a clareza chegar estava sendo egoísta, chorando o tanto que perdi e como todos nós condicionados três vezes pelo nosso sistema evolutivo educacional e emocional, a sempre neste segundo do crepúsculo em que se forma o portal estreito da passagem do material para o espiritual, olharmos com negativismo.
Pararam, pois sempre tive e sempre terei pai, fisicamente até os oitenta e sete anos e espiritualmente para sempre.
Fez tudo que quis tudo que pode e mais um pouco, recebeu em vida todos os sacramentos de sua religião, venceu seus quatro inimigos naturais e ao passar pelo portal foi tranqüilo, pois tinha a chave na mão.
Professor, Diretor e Inspetor Escolar percorreu este município quando ainda nenhum de seus distritos se emancipou, a pé e em lombo de mulas e cavalos, para organizar o sistema educativo tanto municipal quanto estadual. E como educador não poderia deixar por menos proporcionou a todos os seus filhos esmerada educação literária científica e religiosa.
Queria ser médico, mas quando chegou à hora de ir para a faculdade, seu pai tinha vendido toda a sua fortuna, que não era pequena, para pagar as obras concluídas do Grupo Escolar Professor Manoel Cruz, an passan, na década de trinta todas as salas com lareira, as estradas entre São Joaquim e o rio Lavatudo e entre São Joaquim e Vacas Gordas, na época negada pelo então governador Nereu Ramos. O que me deixa muito contente, pois se a história tivesse sido diferente nem eu nem meus irmãos existiríamos.
Não estou te escrevendo para o além, nem me despedindo nem te dando um abraço tardio. Pois já fiz tudo isso cara a cara, olhos nos olhos, pele a pele e corpo a corpo.
Os ponteiros serrilhados do relógio continuam, numa sub-rotina eterna como um vírus de computador a percorrerem o espaço, mas nunca conseguirão marcar ou medir o tempo...

Ronald Martorano Bathke.

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