Na madrugada espero,
O teu incansável e repetitivo, ciclo,
Sol da manhã.
Vem chegando de vagar e de vagar
Enxuga e seca da grama o orvalho,
E dos meus olhos as lágrimas,
Da noite insone.
Cantam os pássaros, em zig zag os insetos
Se batem.
E antes a noite guardou, como virgem, a escuridão.
Repetidamente te espera toda manhã,
Ser desvirginada pelo calor e luz.
Como amantes antagônicos, com os mesmos pecados e as mesmas virtudes.
Repetidamente espero não por ser constante,
Mas pela inconstância que surpreende.
Olho para a curva ou para a sombra, esperando por você, encontrada ou perdida, só quero que apareça.
Numa manhã de Luz
Tudo repetidamente me fascina, menos você quando escondida na lua.
Na lua minguante.
Namorada, amante ou concubina do sol nascente.
Te espero na noite,
Estrela cadente
Pois no nascente,
Vou me confundir.
No espaço quadriculado,
Qual calor
Ou qual luz,
Vai cegar,
Ou iluminar,
Meus olhos.
Martorano Bathke.
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