VOLÁTIL
Tensionado pelas cordas de couro de búfalo, e dentes de puma,
perfurando e rasgando o meu musculo peitoral eu girei e girando senti a maior
dor física, e em mil voltas físicas e de dor, fiz o voto de bravura e
resignação ao deus sol. Sioux ou apache mesclare-lo, no México com Carlos
Castanheda tomei pio-te e mais e em outros lugares tomei o elixir da busca.
Quem sou eu, quem é você, como se diferença há que haja,
sobreviventes e dominados pelo incansável tempo. O tempo da evolução, como se o
tempo existisse, convenção relativa de existência temporal.
Somos físicos ocupamos espaço, ha.... o espaço e o tempo,
incógnitas imensuráveis. Nos locomovemos nestas incógnitas, ou é simples
imaginação, ou tão real que não temos a percepção do ser, alcançar o
conhecimento que não nos foi dado.
E no cérebro navegantes somos, na viagem do tempo e do
espaço, e nos genes dos antepassados a memória volátil, dissipada que tudo
sabemos e perdemos a capacidade de reconhecer. Somos triângulos, não nos
enquadramos no quadrado dos elementos, que é essência na terra e no universo
fluidos, que fluem em estados que só o tempo os torna iguais e os modificam.
Recompensa só no atemporal, no espírito transcendental, sub
rotina imortal do que realmente somos, o privilégio da evolução, que
despercebida passa na efêmera ilusão da matéria volátil. E o volátil e o fluido
é o fio da navalha. E ser volátil, é ser superfície gasosa, mas quer ser
sólida.
E quando sólida imortal se torna, e ao mesmo tempo é fluida e
fluida sou eu é você, e voláteis gasosos são nossos encontros que no vento se
dissipam. E no retorno tocamos a água corrente do rio, que na frente evapora
fluida e volátil, como chuva nos toca a mesma água que fluiu. Quem disse que
não se toca a mesma água corrente do rio, mero engano.
Espelho, espelho meu, existe alguém mais volátil que eu? Ser
humano na terra você é o câncer, mas existe o teu oposto a que você teima em
destruir, a natureza, espelho que o Criador te deu.
Por que você se olha no espelho e não se vê? VOLÁTIL!
Martorano Bathke
*Publicação permitida desde que conste o nome e o
e-mail do autor.
Tive o prazer de ler todos os livros de Carlos Castaneda (10) publicados no Brasil. Realmente o texto do Ronald é de excelente qualidade. Parabénsa
ResponderExcluirObrigado.
ResponderExcluirGolhas, como o chamávamos carinhosamente, no tempo dos "Pássaros da Liberdade", clube que participa dos jogos abertos de São Joaquim, você, especialmente, foi o grande mestre dos saltos ornamentais, tendo como parceiro o Carrrasco, na piscina do Astrea. Assim como foi grandes campeões o Fritz, o Quati, o Ivan e este velho lobo do mar. Alias 'velho lobo do mar' éra o saudoso Tio Bica.
ResponderExcluirNos anos 90 me dediquei a nadar em mar aberto grandes distancias, diariamente, no litoral gaúcho.
Treinava, sonhando em nadar a Costa Brasileira, os mais de oito mil quilômetros.
Tal dia, o mar remexido me deslocou um braço, assim mesmo, consegui, com a Graça de Deus, voltar a terra firme.
Esta muito claro para mim que a G'ota d'água do mar do teu poema o torna um poeta, além das tuas outras qualificações. A mim, fica a satisfação de ser feito parte desta história...
Abraço
Excluir